by Lily
Le Départ Pour La Promenade, by Ferdinand Heilbuth
“A arte
de perder não é nenhum mistério;
tantas coisas contêm em si o acidente
de perdê-las, que perder não é nada sério.
tantas coisas contêm em si o acidente
de perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um
pouquinho a cada dia. Aceite, austero, a chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois
perca mais rápido, com mais critério:
lugares, nomes, a escala subseqüente
da viagem não feita. Nada disso é sério.
lugares, nomes, a escala subseqüente
da viagem não feita. Nada disso é sério.
Perdi o
relógio de mamãe. Ah! E nem quero
lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi
duas cidades lindas. E um império
que era meu, dois rios, e mais um continente.
tenho saudade deles. Mas não é nada sério.
que era meu, dois rios, e mais um continente.
tenho saudade deles. Mas não é nada sério.
— Mesmo
perder você (a voz, o riso etéreo
que eu amo) não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser mistério
por muito que pareça (Escreve!) muito sério."
que eu amo) não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser mistério
por muito que pareça (Escreve!) muito sério."
Elizabeth Bishop, em Uma Arte